10 avanços da medicina que transformaram a qualidade de vida da mulher

por Feito para Ela

Neste Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, vamos relembra algumas inovações e intervenções médicas que promovem saúde e longevidade às mulheres.

Por Letícia Martins, jornalista com foco em saúde

Graças ao avanço da medicina e a intervenções de políticas públicas ao longo de décadas, a expectativa de vida da população aumentou de 45,5 anos em 1940 para a 76,4 em 2023. Para as mulheres, a expectativa atual é de 79,7 anos, segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse aumento na expectativa de vida não apenas representa a oportunidade de vivenciar uma existência mais longa e saudável, mas também de desfrutar de momentos preciosos ao lado de familiares e amigos, além de permitir a realização de sonhos que, muitas vezes, foram adiados durante a juventude. No entanto, alcançar, e até mesmo ultrapassar, essa expectativa de vida requer um compromisso com o autocuidado, amor-próprio e um olhar atento para a saúde. Afinal, a longevidade é realmente significativa quando acompanhada de boa saúde.

O desenvolvimento da medicina tem sido acompanhado por inovações tecnológicas e entendimento sobre os cuidados preventivos que proporcionam uma variedade de benefícios para a saúde e a qualidade de vida.

Neste Dia Mundial da Saúde (7 de Abril), destacamos 10 intervenções significativas que mudaram o curso da história e contribuíram para a vitalidade de inúmeras mulheres ao redor do mundo.

Vacinas: uma das vacinas mais importantes para a saúde da mulher é a que protege contra o HPV, o papilomavírus humano, que está diretamente relacionado a verrugas vaginais e ao desenvolvimento do câncer de colo do útero, a segunda causa de morte por câncer em mulheres até os 60 anos. Outras vacinas também são fundamentais para a saúde da mulher. Na gestação, é importante se imunizar contra a hepatite B, a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e a DTPa (difteria, tétano e coqueluche acelular).

Papanicolau: nos anos 1940, uma inovação na área ginecológica permitiu a detecção precoce de lesões que podem evoluir para câncer: este é o exame papanicolau, ou citologia oncótica, exame essencial para o rastreio do câncer de colo do útero, que reduziu significativamente a mortalidade feminina.

    Mamografia: esse é outro exame preventivo que ajuda na detecção de um tipo de câncer. No caso, o de mama, a principal causa de morte pela doença no Brasil, excluindo-se o câncer de pele não melanoma. Quando p câncer de mama é diagnosticado precocemente, isto é, em estágio inicial, as chances de cura podem ultrapassar 90% – daí a importância da mamografia.

    Parto cesáreo: antes da cesariana, as mulheres só tinham seus filhos por parto normal. Porém, quando havia alguma complicação, nada podia ser feito e, muitas vezes, a mãe, o bebê, ou ambos morriam durante o parto. A técnica de cortar a barriga da mulher para retirar o bebê é considerada um grande avanço da medicina e pode salvar vidas, mas ela deve ser realizada em casos específicos, como risco de morte para o bebê ou para a gestante; quando a mulher tem alguma infecção com HIV ou herpes, se o bebê estiver sentado ou com o cordão umbilical enrolado no pescoço.

    Aleitamento materno: a ciência já constatou uma lista grande de benefícios que o leite materno oferece aos bebês, desde seu primeiro momento de vida (a mamada chamada “golden hour” ou hora dourada) até os seis meses, período no qual é indicado o aleitamento materno de forma exclusiva. Benéfico para mãe e bebê, o leite materno ajuda a estreitar o relacionamento entre a puérpera e o novo membro da família, além de proteger ambos contra diversos tipos de doenças.

    Pílula anticoncepcional: em 1962, chegou ao Brasil um método contraceptivo que trouxe maior controle de natalidade e deixou a mulher com o “poder” de decidir o momento de engravidar. A pílula anticoncepcional reduziu a taxa de fecundidade nacional, que corresponde ao número de filhos vivos nascidos por mulher na idade reprodutiva. Na década de 1940, as brasileiras tinham, em média, seis filhos, número que diminuiu para quatro em 1980, conforme está descrito no livro História da Ginecologia e Obstetrícia no Brasil, lançado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) em 2024. Clique aqui para ler.

    Terapia de Reposição Hormonal: ainda na década de 1960, começaram os estudos e ensaios sobre a reposição hormonal, que ganhou notoriedade nos anos 1990. Desde então, milhares de mulheres já foram beneficiadas com a TRH durante a menopausa para melhor controle dos sintomas característicos dessa fase, como as temíveis ondas de calor, insônia e osteoporose.

    Fertilização In Vitro (FIV): em 1978, na Inglaterra, foi realizada a primeira FIV. De lá para cá, milhões de casais com problemas de fertilidade foram beneficiados com a possibilidade de terem seus próprios filhos.

      Congelamento de óvulos: por diversas razões, muitas mulheres adiam a decisão de ter filhos e aderem à técnica de congelamento de óvulos. Esse procedimento permite que os óvulos da mulher sejam coletados, congelados e armazenados para uso futuro.

      Avanços na cirurgia minimamente invasiva: com o avanço da medicina e da tecnologia, as cirurgias ginecológicas, como as de endometriose ou histerectomia, também foram beneficiadas com a laparoscopia e a robótica, que permitiram opções de operações bem menos invasivas e que, consequentemente, também diminuíram o tempo de recuperação e os riscos de complicações pós-cirúrgicas.

      Essas são apenas 10 das mais notáveis (r)evoluções da medicina. Além delas, muitas outras mudaram para sempre as necessidades de homens e mulheres, como a criação da insulina e um melhor entendimento sobre um estilo de vida saudável, com informações claras e precisas sobre nutrição e alimentação, saúde mental, atividade física, sono de qualidade e tratamentos específicos de saúde, principalmente na área do diabetes e cardiovascular.

      Viver com saúde é uma escolha feita dia a dia. Portanto, cuide-se! Feliz Dia Mundial da Saúde.

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